A Prefeitura de Montes Claros, através da Secretaria de Saúde, faz parte do Programa de Fortalecimento da Vigilância Sentinela das Síndromes Gripais, integrando uma rede estadual composta por 30 unidades.
O principal objetivo do programa é monitorar as síndromes respiratórias através de pacientes que passam pela rede de saúde municipal, visando detectar qual o vírus está circulando, para que seja possível a realização de intervenções o mais efetivas possíveis. A detecção do vírus permite que a rede de atenção primária de saúde do município, e também laboratórios e hospitais sejam alertados, preparados e municiados para o enfrentamento adequado.
Os dados coletados são fundamentais ainda para municiar o Estado de Minas Gerais no planejamento da construção de políticas públicas a serem promovidas no ano em vigência e no ano seguinte, como é o caso das vacinas contra gripe e influenza que são determinadas a partir do estudo das informações de todas as 30 unidades Sentinela em Minas Gerais.
“Fazer parte do Sentinela é um ganho e um avanço muito grande para o município de Montes Claros, porque conseguimos detectar, nortear e embasar os planejamentos de gestões para fazer as intervenções necessárias e, assim, proporcionar uma melhor qualidade de saúde para a nossa população”, afirma a gerente de Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal de Saúde, Priscilla Pimenta.
Em função disso, o município recebe regularmente visitas técnicas por parte da Secretaria Estadual de Saúde, com o objetivo de avaliar resultados, trocar experiências e abrir novas perspectivas de abrangência dos trabalhos já realizados. As visitas técnicas realizadas nas unidades sentinela, de acordo com o coordenador de Programas de Vigilância de Doenças Transmissíveis Agudas na SES-MG, Gilmar José Coelho Rodrigues, “têm como foco avaliar os trabalhos implementados, tomando por base dados contabilizados pelos municípios sedes dos serviços. As avaliações seguem indicadores definidos pelo Ministério da Saúde, o que possibilita, caso necessário, a realização de adequações visando o fortalecimento dos serviços realizados nas suas respectivas regiões de abrangência”.
Já para a coordenadora de Vigilância em Saúde e do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) Regional de Montes Claros, Agnes Menezes, “as Unidades Sentinela desempenham trabalho de fundamental importância para a vigilância epidemiológica e de saúde estadual e nacional, no que se refere à identificação de situações de risco relacionadas a possíveis novos vírus que venham a circular nas diversas regiões do estado e do país, e que tenham potencial pandêmico. A identificação oportuna de situações como essa torna possível às secretarias estaduais e ao Ministério da Saúde indicarem o perfil sazonal de ocorrência dos vírus, bem como caracterizar surtos ou epidemias”.
A vigilância sentinela, da qual Montes Claros faz parte, é responsável pela identificação e monitoramento da circulação de diversos vírus respiratórios de importância em saúde pública a nível nacional, contribuindo com o envio de relatórios à Organização Mundial da Saúde (OMS) para definição da composição da vacina anual contra o vírus influenza.
Para o monitoramento contínuo dos vírus respiratórios circulantes no estado, semanalmente, as unidades sentinela enviam amostras de pacientes com quadros respiratórios para análise no laboratório da Fundação Ezequiel Dias (Funed), em Belo Horizonte.
Entre as doenças respiratórias de importância para a saúde pública monitoradas pelo Ministério da Saúde estão a covid-19 e a influenza. O trabalho implementado por unidades sentinela e serviços de vigilância epidemiológica e de saúde dos estados e municípios foca no monitoramento precoce das alterações na circulação dos vírus, visando aprimorar os estudos de sazonalidade; identificação de surtos; tendências da morbidade e mortalidade; identificação de grupos e fatores de risco, além do estabelecimento de critérios para a notificação e registro de casos suspeitos em serviços de saúde públicos e privados.
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